Caros amigos, gostava naturalmente de começar a minha participação neste espaço com algumas palavras minhas, mas como frequentemente acontece, surgiu a necessidade mais premente de partilhar convosco palavras de alguém que expressou bem por letras o que tantas vezes nos ocorre sem verbalizar.
É um artigo de opinião no Expresso, de João Duque. Deixo aqui o link para a leitura das mentes curiosas, mas não resisto em citar uma parte:
" Li este Verão o livro de Joaquim de Almeida “A governanta”, uma biografia de D. Maria “a companheira de Salazar”.
O livro é uma excelente obra para os amantes da história de Portugal contemporâneo e deveria ser livro de leitura obrigatória para os governantes e gestores públicos. (...)
Quem é que hoje imagina poder dividir as contas (contadores de electricidade e de telefone diferentes) entre o piso de rés-do-chão e 1º andar da moradia de residência oficial do primeiro-ministro, para que as contas do rés-do-chão (área de trabalho) fossem pagas pelo Estado e as contas do 1º andar (área pessoal) fossem pagas pelo ordenado do próprio? E o mesmo fazendo com as contas da água e até do combustível?
Quem é que hoje imagina que o primeiro-ministro possa mandar comprar, pagando do seu próprio bolso, um serviço de loiça e um faqueiro para se servir no seu dia-a-dia privado na residência oficial, e outros conjuntos paralelos, pagos pelo erário público, exclusivamente dedicados ao uso em refeições oficiais?"
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