quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mais papistas que o Papa.

Qualquer não comunista já passou por isto, uma troca de ideias com alguém do PC e Cuba surge "ao barulho". Já nem me vou referir aos que entendem que a Coreia do Norte é uma democracia (valha-nos Deus!), vou-me mesmo centrar em Cuba. Na boca dos comunistas mais ortodoxos Cuba sempre foi um exemplo, fechando totalmente os olhos aos atropelos mais básicos dos direitos humanos, advogando maravilhas imaginárias na ilha. O Fidel é um Deus “e o Che pá é o Che...” Confesso que confrontado com o paraíso descrito cheguei a ponderar que as centenas de milhares de cubanos exilados seriam agentes a soldo do imperialismo ou que os milhares que todos os anos se aventuram a atravessar o oceano para chegar aos EUA (muitos deles perdendo a vida) o fariam apenas por desporto radical. Mas invariavelmente e, fosse qual fosse o argumento, ele era escudado numa qualquer passagem de um (muito) longo discurso de Fidel! Esse grande exemplo que fez perdurar o sonho vermelho, mantendo um regime que qualquer comunista que se preze gostaria de importar. Acontece que Fidel, percebendo que o irmão Raul precisará de abrir o regime sob pena de definharem, afirma que o modelo de cuba não se pode exportar porque nem na ilha funciona! Imagino o choque e o horror que milhares de jovens comunistas vivem neste momento. Depois de tão doutrinados e da cassete estar já gravada o que fazer? Abrir os olhos e perceber que vivem uma mentira? Não me parece, resta ao PC português uma solução: Ser mais papista que o papa.

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